Tratamentos
Toxina Botulínica
A toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox®, é uma terapia segura e eficaz, amplamente utilizada na neurologia. Seu efeito ocorre ao bloquear a liberação de acetilcolina, neurotransmissor responsável pela contração muscular, reduzindo a atividade excessiva dos músculos e ajudando a restaurar o equilíbrio neuromuscular.
Essa ação torna a toxina indicada para o tratamento de condições como distonias e espasticidade, promovendo redução da rigidez e dos movimentos involuntários, alívio da dor, melhora da função e da mobilidade, contribuindo para uma maior qualidade de vida.
Outra aplicação importante é no tratamento da sialorreia, ou excesso de saliva, comum em várias doenças neurológicas, como a Doença de Parkinson. Nesse caso, a toxina é aplicada em glândulas exócrinas, como parótidas e submandibulares, diminuindo a secreção e proporcionando maior conforto ao paciente.
A toxina botulínica também tem sido utilizada com resultados satisfatórios na enxaqueca crônica. Nesse contexto, ela atua bloqueando a liberação de neurotransmissores e neuropeptídeos, como glutamato, substância P e CGRP, nas terminações nervosas periféricas. Isso reduz a ativação das vias trigeminais de dor e a sensibilização central, diminuindo a frequência e a intensidade das crises.
O procedimento é individualizado, realizado em consultório e pode ser repetido periodicamente, de acordo com a resposta clínica de cada paciente.
Estimulação cerebral profunda

COMO É A CIRURGIA DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA?
A cirurgia em si é um implante de marcapasso cerebral, onde um cabo fino isolado (também chamado de eletrodo) é colocado nas estruturas profundas do cérebro relacionadas com a doença de base (doença de Parkinson, distonia, tremor essencial e outras). O eletrodo é ligado a uma bateria (um dispositivo idêntico a um marcapasso chamado neuroestimulador) colocado debaixo da pele no peito. O neuroestimulador envia um estímulo elétrico para uma região cerebral, capaz de neuromodular a atividade elétrica local, e então, controla o movimento anômalo.
PARA QUAIS DOENÇAS É INDICADA?
A estimulação cerebral profunda é amplamente indicada para casos específicos de Doença de Parkinson, distonias e tremor essencial. Mas também pode ser indicada para tratamento de síndrome de Tourette e outras doenças ainda em caráter de pesquisa.
COMO SABER SE SOU UM CANDIDATO À ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA?
O sucesso do tratamento cirúrgico começa pela seleção adequada do paciente. Para isso deve ser realizada uma avaliação padronizada em centro especializado em distúrbios do movimento, através de um processo de seleção abrangente, incluindo avaliações com neurologista, neurocirurgião, neuropsicóloga e psiquiatra, assim como realização de exame de neuroimagem, com objetivo de obter os melhores resultados clínicos e minimizar os efeitos colaterais.